7 erros comuns na Due Diligence

23 de set. de 2025

executivos realizando Due Diligence na empresa

 Sua empresa sabe quais são os 7 erros comuns na Due Diligence? A Due Diligence é o processo clássico mais utilizado pelas organizações para avaliar riscos e oportunidades nas operações empresariais, fusões, aquisições e investimentos, buscando compreender a real situação financeira, jurídica, tributária e operacional de uma empresa.

De acordo com dados da plataforma TTR, só em 2021 foram realizadas 1.504 Due Diligences, número que representou um avanço de 44,9% em relação ao ano anterior, conforme informação divulgada no portal Consultor Jurídico.

A forma de execução da Due Diligence é o segredo para que o negócio seja bem-sucedido ou para uma decisão repleta de consequências negativas, ou seja, quando realizada de forma inadequada, abre espaço para falhas que comprometem o valor do investimento, geram passivos judiciais e desgastam a relação entre as partes.

A seguir, vamos explorar 7 erros comuns na Due Diligence, destacando como eles afetam o processo e por que devem ser evitados.

1. Limitar-se à análise documental

Um dos equívocos mais recorrentes é tratar a Due Diligence apenas como revisão de papéis. Embora os documentos sejam indispensáveis, confiar apenas neles pode deixar de lado fatores como cultura organizacional, práticas de governança e eventuais passivos ocultos.

Por isso, é imprescindível conversar com os gestores, fazer visitas presenciais e entrevistas com colaboradores-chave para entender melhor os aspectos que dificilmente aparecem nos relatórios, ou seja, ter uma visão mais ampla do negócio.

2. Desconsiderar questões trabalhistas

No Brasil, as obrigações trabalhistas representam um ponto sensível em qualquer operação empresarial. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê direitos amplos para empregados, e deixar passar algum ponto de análise podem resultar em passivos milionários.

Em outras palavras, esse é um ponto que não pode ser analisado de forma superficial, é preciso ter conhecimento a respeito dos processos trabalhistas em andamento, das práticas de contratação e do cumprimento de obrigações previdenciárias e acessórias para que a avaliação seja considerada completa.

3. Subestimar riscos tributários

O sistema tributário brasileiro é complexo e repleto de obrigações acessórias. Desse modo, se a Due Diligence não se aprofunda nos riscos fiscais pode deixar passar autos de infração, débitos inscritos em dívida ativa ou inconsistências em declarações.

Além disso, é importante avaliar se a empresa adota corretamente regimes especiais de tributação, como a substituição tributária e o Simples Nacional, já que erros nessas áreas podem gerar multas elevadas. A negligência nessa análise pode transformar uma aquisição promissora em uma armadilha financeira.

4. Não avaliar o compliance regulatório

Cada setor possui regulamentações específicas, e o descumprimento dessas normas pode levar à suspensão de atividades ou até mesmo à cassação de licenças.

Alguns setores como saúde, energia, meio ambiente e mercado financeiro, precisam de atenção redobrada. A Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) e outras normas de integridade empresarial reforçam a necessidade de verificar se há políticas efetivas de compliance.

5. Focar apenas no curto prazo

Outro erro comum é analisar a Due Diligence com uma visão restrita ao momento atual da empresa, deixando de lado as perspectivas futuras, como a sustentabilidade do modelo de negócio, a competitividade no mercado e a capacidade de inovação.

Uma empresa financeiramente saudável hoje pode estar em risco de obsolescência em poucos anos se não acompanha as mudanças tecnológicas e regulatórias do seu setor. A Due Diligence precisa avaliar a perenidade do negócio e não apenas seu desempenho imediato.

6. Ignorar riscos ambientais e sociais

A responsabilidade socioambiental é exigência na grande maioria dos setores. O descumprimento de normas ambientais gera multas milionárias e embargos de operação. Da mesma forma, práticas que desrespeitam os Direitos Humanos comprometem a reputação da empresa e afastam investidores.

Por isso, é preciso avaliar licenças ambientais, políticas de sustentabilidade e impactos sociais no escopo do processo da Due Diligence, especialmente diante da valorização pelo mercado de empresas alinhadas a critérios ESG.

7. Confiar apenas em informações fornecidas pela empresa-alvo

Um dos maiores riscos é aceitar sem questionamentos os dados apresentados pela própria empresa analisada. Embora esses documentos sejam o ponto de partida, eles precisam ser validados por meio de auditorias independentes, consultas a órgãos públicos e cruzamento de informações.

A confiança total abre espaço para omissões, distorções ou até fraudes. Logo, a verificação externa é indispensável.

Conclusão

Os erros mais comuns na Due Diligence acontecem justamente quando o processo é tratado de forma superficial, com foco restrito a documentos ou aspectos financeiros. Os dados apontam que a corrupção, os passivos financeiros e os entraves jurídicos seguem entre os pontos críticos identificados, e um simples descuido em qualquer uma dessas frentes pode transformar uma aquisição promissora em um passivo bilionário.

Para evitar isso, a Kronoos desenvolveu soluções tecnológicas para elevar o grau de precisão nos processos de Due Diligence. Fale com um de nossos especialistas e saiba mais!

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