Como controlar riscos de compliance?
5 de set. de 2024

Como controlar riscos de compliance?
Você sabe como controlar riscos de compliance? Para controlar os riscos de compliance é preciso implementar estratégias e práticas voltadas especificamente para identificar, avaliar e mitigar riscos decorrentes do não cumprimento de leis, regulamentações e políticas internas da organização.
Em linhas gerais a gestão eficaz é a única maneira de mitigar os riscos de compliance. As normas de compliance têm o propósito de oferecer condições equitativas para todas as empresas no mercado. Portanto, é essencial identificar os riscos específicos aos quais a empresa está sujeita para gerenciá-los adequadamente e assegurar o cumprimento das regulamentações pertinentes.
Siga com a leitura deste artigo para saber mais sobre como controlar riscos de compliance!
O que são riscos de compliance?
Os riscos de compliance são potenciais penalidades e consequências negativas que a empresa pode enfrentar ao não cumprir as leis, regulamentações e normas aplicáveis, como sanções legais, prejuízos financeiros, danos à reputação da empresa e multas. Note que eles surgem da exposição a irregularidades e falhas no cumprimento das exigências legais e regulatórias. Por esse motivo, identificar e gerenciar esses riscos é parte indispensável do controle de riscos de compliance, evitando assim impactos prejudiciais.
O que é controle de compliance?
O controle de compliance são justamente as práticas que a empresa implementa visando a conformidade em sentido amplo, ou seja, são medidas destinadas a prevenir, detectar e corrigir irregularidades que acarretam penalidades legais ou danos à reputação. Os controles de compliance passam pela implementação de políticas e procedimentos claros, a realização de auditorias internas, a capacitação contínua dos colaboradores, e a criação de mecanismos de monitoramento e reporte. O objetivo é que todos os aspectos da operação estejam alinhados com as exigências regulatórias minimizando riscos e promovendo um ambiente de negócios transparente e responsável.
Como mapear riscos de compliance?
Para mapear riscos de compliance, identificar e avaliar os potenciais setores de exposição e não conformidade em uma organização, as seguintes etapas são importantes:
1. Identificação dos riscos
Comece identificando as áreas e processos em que a empresa está mais exposta a riscos regulatórios e de conformidade. Isso pode incluir a análise de atividades operacionais, revisões de contratos, e a avaliação de áreas críticas como finanças, recursos humanos e operações.
2. Avaliação da gravidade
Após a identificação das áreas de risco de compliance, é essencial avaliar a gravidade e a probabilidade de ocorrência de cada risco. Classifique os riscos com base em sua potencial gravidade e impacto para priorizar os que exigem atenção imediata.
Mantenha-se atualizado sobre as leis e regulamentações aplicáveis ao setor e à jurisdição da empresa. Verifique se todos os requisitos estão sendo cumpridos e se há mudanças que possam impactar o cenário de riscos.
Desenvolva e implemente controles internos específicos para mitigar os riscos identificados. Esses controles podem incluir procedimentos operacionais, políticas de conformidade, e treinamentos para a equipe.
3. Realização de monitoramento
Outra etapa no processo de mapeamento do risco de compliance é realizar monitoramentos regulares e auditorias internas para assegurar que os controles estão funcionando como previsto e que os riscos estão sendo gerenciados adequadamente.
Nesse sentido, revise e atualize o mapeamento de riscos conforme necessário para refletir mudanças no ambiente de negócios e nas regulamentações.
4. Documentação detalhada
Por fim, mantenha uma documentação detalhada de todo o processo de mapeamento e gestão de riscos. Além disso, elabore relatórios periódicos para a alta administração, detalhando os riscos identificados, as medidas de controle implementadas e quaisquer áreas que necessitem de atenção adicional.
Como controlar riscos de compliance?
Controlar riscos de compliance envolve uma série de práticas e estratégias destinadas à manutenção da conformidade, minimizando assim possíveis penalidades e danos.
Para isso, algumas dicas podem ser aplicadas, como:
Estabeleça políticas e procedimentos claros que definam as expectativas de conformidade e as práticas recomendadas para todas as áreas da empresa. Essas diretrizes devem abranger aspectos legais, regulamentares e éticos;
Crie e aplique controles internos eficazes para monitorar e garantir o cumprimento das políticas e procedimentos estabelecidos. Isso pode incluir processos de aprovação, auditorias internas, e verificações regulares;
Realize treinamentos para colaboradores e gestores sobre as normas de compliance e a importância de seguir as diretrizes estabelecidas. Certifique-se de que todos na organização compreendam suas responsabilidades e como identificar e relatar possíveis problemas;
Estabeleça um sistema de monitoramento regular e auditorias internas para avaliar a conformidade com as políticas e regulamentações. Identifique quaisquer lacunas ou não conformidades e tome medidas corretivas imediatas para evitar que um risco de compliance traga consequências maiores;
Crie um sistema para a denúncia e investigação de violações de compliance. Tenha processos claros para lidar com incidentes, investigá-los e implementar ações corretivas, além de relatar os resultados e as ações tomadas à alta administração;
Mantenha-se atualizado sobre mudanças regulatórias e no ambiente de negócios. Revise e atualize regularmente as políticas, procedimentos e controles para refletir as novas exigências e melhorar continuamente o sistema de compliance.
Lembrando que a alta administração deve demonstrar compromisso com a conformidade, promovendo uma cultura de integridade e assegurando que os recursos necessários estejam disponíveis para a gestão eficaz dos riscos de compliance.
Riscos de negócio relevantes para o programa de compliance
Vamos a alguns exemplos de categorias de risco de compliance de maior relevância e dos principais eventos que podem gerar irregularidades e desconformidades. Afinal, conhecer os riscos com maior potencial de impacto é importante para saber onde direcionar esforços de controle.
Na lista estão categorias como:
Trabalhista: os riscos desta categoria podem ser gerados, por exemplo, por assédio sexual, inconformidades com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e com a segurança do trabalho;
Financeiro: riscos gerados por inconformidade com regras de contabilidade, por decisões de investimentos e lavagem de dinheiro;
Imagem: riscos ocasionados pela forma como reclamações são solucionadas, bem como por lançamento de produtos ou abuso na utilização de logomarca;
Anticorrupção: riscos costumam ser gerados quando há envolvimento da empresa em licitações e contatos com agentes públicos;
Regulatório: risco de compliance envolvendo ANVISA, BACEN, ANAC, ANATEL e outras agências reguladoras;
Privacidade de dados: riscos gerados por violações na proteção de informações e dados.
Portanto, o risco de compliance pode ter diversas naturezas e ser gerado por inúmeros eventos que requerem máxima atenção das estratégias de compliance.
Conclusão
A evolução dos controles de compliance tem reforçado a necessidade do uso da tecnologia para adoção de um programa de integridade bem estruturado e abrangente para evitar problemas legais, multas e danos à reputação e também evidenciar o compromisso da empresa com a ética, a transparência e a responsabilidade social. Conte com as soluções da Kronoos para garantir a eficácia das políticas de compliance da sua empresa. Converse com nossos especialistas e saiba mais!
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