Como identificar sinais de risco reputacional antes de fechar um contrato?
3 de nov. de 2025

Sua empresa sabe como identificar sinais de risco reputacional antes de fechar um contrato?
O risco reputacional advém de comportamentos que revelam como a outra parte lida com ética, transparência e responsabilidade. Desse modo, antes de fechar um contrato, vale observar como a organização se posiciona publicamente, como responde a pressões externas e se há padrões que indiquem fragilidade na condução dos negócios.
Recentemente, o Banco Master, que é uma instituição financeira de menor porte, entrou em colapso após acusações de práticas financeiras fraudulentas e opacas, afetando cerca de 1,6 milhão de investidores e gerando debate sobre falhas de regulação e confiança no setor financeiro. Certamente, o episódio gerou repercussões reputacionais para o setor bancário no Brasil, com questionamentos sobre supervisão e transparência, conforme noticiado pelo portal da CNN.
Além disso, uma pesquisa recente, revelou que 88% das empresas brasileiras admitiram estar mal preparadas para lidar com crises de reputação, indicando uma lacuna na governança de imagem e respostas a eventos adversos.
Atualmente, a fim de evitar o risco reputacional antes de fechar um contrato, é preciso pensar em como a tecnologia é indispensável nos dias de hoje para que as empresas estejam seguras do ponto de vista reputacional antes de fechar um contrato. Há formas de obter dossiês completos de forma legal e com a confiabilidade necessária para celebrar um negócio importante. Um ponto importante do dossiê é a análise de mídias negativas, esse é o primeiro passo para fechar um contrato de forma segura pensando no risco reputacional.
Afinal, como identificar sinais de risco reputacional antes de fechar um contrato?
A análise começa pela forma como a empresa trata dados, pessoas e compromissos já assumidos. Logo, se a instituição analisada acumula reclamações recorrentes, conflitos não resolvidos ou oscilações na comunicação institucional tende a revelar menor maturidade interna. A ausência de políticas claras de integridade, processos pouco estruturados de atendimento a incidentes ou histórico de passivos judiciais também costuma indicar um ambiente interno desorganizado, o que pode gerar desgaste para parceiros comerciais.
A postura dos executivos durante as negociações também é um indicativo, líderes que respondem de forma evasiva ou mudam radicalmente a sua postura apresentando, dificuldade em esclarecer fatos, sugerem tensão dentro da empresa ou tentativa de ocultar pontos sensíveis. Por outro lado, a transparência, consistência e prontidão para esclarecer dúvidas mostram que a governança funciona e que os fluxos decisórios são minimamente previsíveis.
Outro ponto relevante está na percepção externa, ou seja, as análises de mercado, as mídias negativas, as movimentações em redes profissionais e a própria reação do setor ajudam a entender se aquela empresa vem preservando sua imagem ou atravessa períodos turbulentos. Logo, se há divergência entre aquilo que a companhia divulga e aquilo que o ecossistema comenta, isso é claramente um alerta de que as coisas não vão bem.
Confira agora os pontos essenciais a serem observados para evitar sinais de risco reputacional antes de fechar um contrato:
Verificação de integridade (background check) da empresa e dos sócios;
Consulta de processos judiciais, administrativos e ambientais em andamento;
Histórico de Compliance: existência de políticas de integridade, código de conduta e canais de denúncia;
Reputação pública: análise de mídias negativas, menções na imprensa e posicionamento nas redes;
Governança corporativa: estrutura decisória, transparência e coerência na comunicação com stakeholders;
Aspectos financeiros e indícios de irregularidades contábeis;
Histórico de relacionamento com fornecedores e clientes, como índices de inadimplência e quebra contratual;
Existência de condenações anteriores, acordos ou sanções em órgãos reguladores;
Condições de trabalho e práticas ESG: denúncias trabalhistas, descumprimento de normas ambientais ou sociais;
Confiabilidade dos executivos: comportamento durante a negociação, clareza de informações e coerência entre discurso e documentos;
Origem dos recursos e eventual exposição a lavagem de dinheiro;
Adequação à LGPD e maturidade em proteção de dados;
Riscos setoriais específicos da atividade da empresa parceira;
Compliance anticorrupção: histórico de interação com o setor público e eventuais investigações;
Capacidade técnica e operacional real, evitando empresas ocultam limitações;
Estrutura societária transparente, sem cadeias acionárias obscuras ou empresas de fachada;
Avaliação de terceiros críticos, como subcontratados da empresa parceira;
Análise de sustentabilidade de longo prazo: coerência entre estratégias, compromissos e execução;
Sinais de alerta na negociação, como resistência em fornecer documentos, dados inconsistentes ou pressa excessiva;
Coerência regulatória: conformidade com normas técnicas, fiscais, sanitárias, ambientais e de segurança;
Histórico de incidentes reputacionais anteriores e como foram geridos pela empresa;
Responsabilidade social: envolvimento em projetos sociais e postura diante de crises públicas;
Visão de stakeholders: percepção de colaboradores, ex-funcionários, fornecedores e comunidades;
Alinhamento ético entre as duas empresas: valores, práticas internas e expectativas;
Análise de exposição internacional, quando houver atuação em mercados mais regulados.
A prevenção de risco reputacional exige leitura fina do comportamento institucional e das escolhas que a outra parte faz ao longo do tempo. A análise funciona quando se observa o que está por trás das políticas formais: como a empresa reage a pressões, como lida com conflitos e que tipo de rastro deixa em decisões públicas e privadas. Essa percepção permite entender se a futura parceria acrescenta credibilidade ou introduz incertezas que podem se refletir na imagem da sua organização.
Conclusão
Concluindo, identificar risco reputacional antes de fechar um contrato é observar o que está por trás do discurso comercial e de perceber se o parceiro mantém coerência entre o que promete, o que entrega e o que sustenta ao longo do tempo. Aliás, a coerência é o ponto chave, porque funciona como um indicador de que a relação contratual tem chances reais de evoluir sem causar desgaste.
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