Controles internos de Compliance

29 de set. de 2025

Controles internos de compliance

A implementação de controles internos de compliance constitui um dos pilares fundamentais dos programas de Compliance corporativo, pois eles são a base operacional que sustenta a conformidade regulatória, a integridade dos processos e fortalece uma cultura organizacional pautada pela ética e transparência.

Logo, os controles internos representam uma arquitetura de prevenção e governança voltada a mitigar riscos, prevenir irregularidades e garantir que a organização opere dentro dos parâmetros legais, éticos e estratégicos estabelecidos.

Em setembro de 2025, o Banco Central do Brasil publicou a Resolução nº 498, que impõe às instituições de pagamento (PSTIs) a implementação de políticas, procedimentos e controles internos robustos para identificação, mitigação, monitoramento e reporte de riscos operacionais, de cybersegurança, continuidade de negócio e compliance regulatório.

O que são controles internos de compliance?

No contexto corporativo, controles internos correspondem a um sistema integrado de políticas, procedimentos e práticas administrativas projetadas para assegurar que as operações da empresa estejam alinhadas com as normas legais, regulatórias e éticas aplicáveis.

Na esfera do Compliance, esses controles têm a finalidade específica de prevenir riscos de não conformidade, fraudes e desvios de conduta, preservando a credibilidade institucional e a continuidade dos negócios.

Vale notar que eles abrangem atividades de verificação, revisão, auditoria e análise processual, permitindo a detecção precoce de inconformidades e a adoção de medidas corretivas. Da mesma forma, atuam como instrumentos de prevenção, fortalecendo o ambiente de controle interno e promovendo a responsabilização em todos os níveis hierárquicos.

Quais os objetivos dos controles internos de Compliance?

A estrutura de controles internos de compliance visa consolidar uma base de conformidade capaz de manter a integridade e a eficiência das operações corporativas.
Seus principais objetivos são:

  • Identificar e mitigar riscos de descumprimento legal e regulatório;

  • Proteger a imagem institucional e evitar danos reputacionais;

  • Garantir a confiabilidade das informações financeiras e operacionais;

  • Promover transparência e rastreabilidade nas decisões corporativas;

  • Prevenir práticas ilícitas, como fraudes, corrupção e conflitos de interesse;

  • Apoiar auditorias internas e externas, assegurando a consistência documental;

  • Estimular a cultura de conformidade e responsabilidade organizacional.

A efetividade dos controles internos de compliance depende de sua integração às rotinas da empresa e do comprometimento da alta administração, que deve garantir sua aplicação prática constante.

Qual a relevância dos controles internos de Compliance?

Os controles internos de compliance fazem parte da estruturação de qualquer programa de Compliance eficaz. O seu papel é o de identificar e tratar possíveis vulnerabilidades, os para que a organização opere com previsibilidade e coerência, reduzindo a exposição a penalidades e prejuízos.

Além disso, promovem transparência e responsabilidade corporativa, assegurando que decisões críticas sejam tomadas com base em dados confiáveis e alinhadas aos princípios éticos da companhia.

Um dos benefícios mais evidentes é a prevenção de fraudes e condutas inadequadas, por meio de revisões periódicas, segregação de funções e canais de denúncia eficazes. Esses mecanismos consolidam a integridade institucional e reforçam a confiança dos stakeholders.

Tipos de controles internos de Compliance

Os controles internos de compliance podem ser classificados conforme sua natureza e finalidade dentro da estrutura de Compliance:

Controles Preventivos

Evitar a ocorrência de desvios e irregularidades antes que eles se concretizem com políticas, manuais de conduta, treinamentos e diretrizes operacionais que orientam o comportamento ético dos colaboradores.

Controles Detectivos

Identificar eventuais falhas ou inconformidades já ocorridas e envolvem auditorias, revisões de processos, monitoramentos contínuos e análises de dados para detectar e corrigir anomalias.

Controles Corretivos

São aplicados após a identificação de um problema, com o objetivo de remediar a situação e impedir reincidências. Incluem medidas disciplinares, reavaliação de processos, revisões normativas e reforço de políticas internas.

Controles Compensatórios

Funcionam como alternativas temporárias quando não é possível implementar um controle direto. Criam salvaguardas adicionais e procedimentos paralelos que mitigam o risco residual.

Controles de Monitoramento

Estão associados à supervisão constante das operações e ao acompanhamento de indicadores de conformidade. Utilizam revisões periódicas, auditorias automatizadas e sistemas tecnológicos para garantir a atualização e a eficácia dos controles existentes.

Conclusão

Os controles internos de compliance representam um eixo estruturante da governança e do Compliance corporativo. São instrumentos indispensáveis para prevenir riscos, fortalecer a integridade institucional e consolidar a confiança entre a empresa, seus parceiros e o mercado.

Sua eficácia, no entanto, depende da atualização constante e do engajamento da alta administração, que deve fomentar um ambiente organizacional baseado na ética, na transparência e na responsabilidade. Por isso, investir em controles internos significa construir uma estrutura de governança forte e resiliente. Entre em contato com nossa equipe de especialistas para saber mais sobre como a Kronoos ajuda sua empresa nas práticas de compliance.

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