Implantação do Compliance empresarial

10 de set. de 2025

Implementação do compliance empresarial

A implantação do compliance empresarial já se consolidou como uma prática organizacional imprescindível para mitigar riscos e monitorar o cumprimento das regulações nacionais e internacionais. De acordo com a 6ª edição da Pesquisa de Maturidade de Compliance conduzida pela KPMG, o nível de maturidade do compliance nas empresas brasileiras subiu de 3,07 em 2021 para 3,09 em 2024, em uma escala de 1 a 5, atingindo o índice mais alto desde 2015

Além disso, dados do anuário Compliance ON TOP 2024 indicam que a presença de profissionais dedicados exclusivamente ao compliance aumentou consideravelmente, passando de 20% em 2018 para 55% em 2024, refletindo uma maior institucionalização da área nas organizações brasileiras.

O crescimento da implantação do compliance empresarial está sendo constantemente impulsionado por fatores como a crescente complexidade regulatória, a pressão por transparência e a necessidade de prevenir práticas ilícitas que possam comprometer a integridade e a sustentabilidade dos negócios.

Por que implementar o Compliance empresarial?

A implementação de um programa de compliance impacta diretamente a operação e a reputação da empresa. O principal benefício é a segurança jurídica, obtida por meio de normas internas que garantem conformidade com legislações aplicáveis. A aderência as normas reduz a exposição a multas, sanções e danos à imagem corporativa decorrentes de fraudes, corrupção ou práticas irregulares, preservando o valor da marca e fortalecendo a confiança de clientes e investidores.

Além da proteção legal, o compliance reforça a cultura organizacional. Os processos internos orientados por ética e transparência aumentam a eficiência operacional, aprimoram a execução das atividades e promovem maior engajamento e motivação das equipes.

Público-alvo do Compliance

Os programas de compliance são aplicáveis a empresas de todos os portes. As micro e pequenas organizações utilizam o compliance para evitar riscos que possam comprometer sua continuidade. Por outro lado, as empresas de médio porte identificam no compliance um diferencial, capaz de ampliar mercados e consolidar competitividade.

As grandes empresas, públicas ou privadas, aproveitam o compliance para reforçar governança corporativa, atrair investidores zelar pela integridade das operações, dentre outros aspectos. Por fim, as cooperativas, associações e fundações também se beneficiam, fortalecendo a confiança e transparência em suas atividades.

Implantação do Programa de Compliance

O desenvolvimento de um programa de compliance exige análise detalhada do setor de atuação, dos processos internos e das legislações aplicáveis, para a efetividade das ações implementadas. O compliance atua prevenindo irregularidades, identificando falhas e estabelecendo protocolos de investigação e correção.

Diagnóstico da Empresa

O ponto de partida consiste no mapeamento de riscos e identificação de áreas críticas. É fundamental compreender o funcionamento de cada departamento e as normas regulatórias pertinentes, incluindo a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) e a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018), que orientam o tratamento de informações de clientes, colaboradores e parceiros.

Estruturação do Compliance

A liderança e gestores devem contribuir com informações estratégicas sobre operações e riscos. A equipe de compliance pode ser interna, externa ou formada por consultorias especializadas, conforme as demandas e recursos da empresa.

Planejamento estratégico

O programa estabelece ações, metas e prazos claros, definindo políticas sobre oferta e recebimento de brindes, doações, fusões e aquisições, contratação de terceiros, participação em licitações, viagens corporativas e demais práticas críticas ao negócio.

Elaboração do Código de Ética

O Código de Ética funciona como referência central, estabelecendo diretrizes de conduta interna e externa, prevenção de conflitos de interesse, regras anticorrupção e parâmetros de relacionamento com clientes, fornecedores e agentes públicos.

Envolvimento da Equipe

Todos os colaboradores devem ser informados e capacitados sobre as políticas de compliance, incorporando essas práticas no cotidiano corporativo. A efetividade do programa depende da execução consistente das ações planejadas.

Implantação do Canal de Denúncias

O canal de denúncias deve ser acessível a funcionários, clientes, fornecedores e parceiros, permitindo que irregularidades sejam relatadas. Cada denúncia é investigada e, se confirmada, aplicadas medidas disciplinares definidas no Código de Ética.

O compliance é um processo permanente, que exige auditorias e avaliações periódicas para identificar riscos, corrigir falhas e ajustar processos, mantendo a empresa alinhada aos padrões legais e éticos.

Conclusão

A implantação do Compliance empresarial fortalece os processos internos, garante credibilidade junto a clientes, investidores e parceiros e mantém a empresa alinhada a normas legais e éticas. A efetividade depende da definição clara de normas, engajamento da equipe e acompanhamento periódico. A empresa não pode falhar na execução dos controles internos e nas verificações que o compliance exige no dia a dia, pois isso aumento consideravelmente a exposição a riscos legais, financeiros e reputacionais, comprometendo resultados e confiança no mercado. Integrado à operação e à cultura corporativa, o compliance atua como pilar de governança, sustentabilidade e competitividade. Conheça as ferramentas Kronoos para otimizar as práticas de Compliance da sua empresa. Fale com um de nossos especialistas e saiba mais!

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