O impacto da IA na gestão de riscos

21 de ago. de 2025

mãos digitando no note book

A inteligência artificial tem modificado de forma consistente a gestão de riscos empresariais, ao substituir análises fragmentadas por diagnósticos dinâmicos. As modelagens preditivas e processamento em tempo real ampliam a capacidade de resposta diante de fraudes, instabilidades regulatórias e falhas operacionais, sobretudo em áreas sensíveis como comércio exterior, compliance e controle aduaneiro.

Dados recentes indicam que 78% das empresas brasileiras planejam utilizar IA em ao menos uma função de negócio, conforme publicado pela Revista Exame.  Além disso, 72% das organizações já aplicam IA generativa em uma ou mais funções, conforme dados divulgados pelo portal da CNN.

A adoção da IA varia expressivamente conforme a região. Em mercados como Índia (59%), Emirados Árabes Unidos (58%) e Singapura (53%), mais da metade das empresas já adotaram IA em suas operações. Alguns países de primeiro mundo como os Estados Unidos não tem taxas tão elevadas, estão em torno de 33% de organizações que efetivamente usam IA No âmbito setorial, o uso de IA em serviços ao cliente (56%), segurança e prevenção de fraudes (51%) e CRM (46%) mostra uma aplicação diversificada e voltada à eficácia operacional.

Por exemplo, 59% das empresas que implementam ou exploram IA aceleraram seus investimentos nos últimos dois anos. Ao mesmo tempo, 42% das empresas de grande porte (com mais de 1.000 funcionários) já têm IA em uso ativo, e 40% ainda se encontram em fase exploratória. Esses dados revelam tanto a crescente maturidade tecnológica quanto a busca por eficiência e automação nas grandes organizações.

Vale frisar que, conforme McKinsey, 59% das instituições financeiras usam IA nas suas práticas internas de gerenciamento de risco. Paralelamente, 70% das organizações que implementam IA relatam ganhos concretos em eficiência operacional.

O presente artigo examina os efeitos práticos da IA na mitigação de riscos, considerando implicações sobre catálogos de produtos, fluxos internacionais de mercadorias e exigências fiscais em fronteiras.

Como a IA aprimora a gestão de riscos empresariais

A inteligência artificial processa grandes volumes de dados e identifica padrões e anomalias com maior precisão do que métodos convencionais, o que acelera a tomada de decisão e amplia a antecipação de riscos operacionais, financeiros, regulatórios e reputacionais.

Os algoritmos cruzam bases públicas e privadas para detectar inconsistências fiscais, fornecedores de alto risco e mercadorias irregulares. Atualmente, há ferramentas integradas a sistemas de gestão, que juntamente com a IA gera alertas em tempo real, automatiza Due Diligence e fortalece a resiliência organizacional.

Benefícios estratégicos da IA na gestão de riscos

A tecnologia possibilita análises multidimensionais, combinando informações estruturadas e não estruturadas de mercado, finanças, operações e legislação. Os modelos de machine learning recalibram projeções de exposição em tempo real, ajustando-se às mudanças do ambiente de negócios.

O alto grau de adaptabilidade é indispensável diante da interconexão global de informações, como listas restritivas internacionais, normas de compliance americanas e europeias e regulamentações ambientais em nível global. Além disso, a priorização quantitativa de riscos por métricas como probabilidade e valor em risco orienta a alocação de recursos para pontos de maior impacto.

A IA atua fortemente no rastreamento de atos normativos, leis, regulamentos reduzindo riscos de multas e sanções. As instituições financeiras já utilizam a tecnologia para identificar operações suspeitas com base em padrões comportamentais, antecipando riscos de fraude e lavagem de dinheiro.

Aplicações da IA na gestão de riscos nas organizações

A utilização prática da inteligência artificial se manifesta em diversas frentes:

  • Detecção preditiva de anomalias: aprendizado de máquina e análise semântica identificam sinais fracos em fontes não estruturadas como redes sociais, sensores e relatórios de campo;


  • Integração de dados não estruturados: há softwares que extraem informações de documentos, e-mails e registros oficiais, ampliando o alcance das análises;


  • Relatórios automatizados: há softwares que produzem relatórios personalizados para conselhos, comitês e áreas operacionais, traduzindo resultados analíticos em recomendações acionáveis;


  • Personalização por perfil de risco: algoritmos ajustam o nível de exposição e os alertas conforme cargo, localização e responsabilidades de cada colaborador;


  • Conformidade regulatória dinâmica: mapeamento automático de alterações legislativas com distribuição de alertas para áreas impactadas;


  • Auditoria: cruzamento automatizado de dados e contratos, identificando desvios ou falhas de controle com rastreabilidade completa.


Conclusão

A incorporação da inteligência artificial transforma a gestão de riscos em um processo contínuo, auditável e integrado às operações. As plataformas da Kronoos unem tecnologia de IA e análise de dados para fortalecer o controle de riscos. Fale com um de nossos especialistas e saiba mais!

 

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