Inteligência artificial para avaliação de riscos trabalhistas

22 de ago. de 2025

homem e muher conversando na empresa

Sua empresa utiliza inteligência artificial para avaliação de riscos trabalhistas?  No Brasil, a legislação trabalhista, de certa forma, favorece a judicialização. Por outro lado, ainda existe uma cultura empresarial que tende mais para apresentar defesas judiciais do que prevenir passivos trabalhistas. Isso se reflete em estatísticas que revelam a magnitude do problema.

A análise automatizada de dados jurídicos e administrativos revela fornecedores com histórico de condenações, autuações por condições de trabalho inadequadas ou irregularidades em contratos de terceirização. Vale frisar que o mapeamento prévio reduz a chance de contratar parceiros que possam transferir responsabilidades trabalhistas para outras empresas.

Desse modo, a integração de inteligência artificial e bases públicas amplia a visibilidade sobre vínculos ocultos, contratações fraudulentas e indícios de trabalho análogo ao escravo, por exemplo. A detecção antecipada dessas práticas dá suporte à tomada de decisão e protege a empresa contra responsabilização solidária e outros danos.

Em 2024, foram registrados mais de 4 milhões de novos processos trabalhistas, segundo informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que demonstra a crescente judicialização das relações de trabalho.

Diante desses números, é possível ver claramente que o cenário das relações trabalhistas é altamente sujeito à riscos em diversas esferas, mas neste artigo vamos abordar os riscos financeiros e reputacionais decorrentes de passivos judiciais trabalhistas, seus desdobramentos e como a IA contribui para avaliação dos riscos trabalhistas.

Riscos financeiros e reputacionais de passivos judiciais trabalhistas

Os processos trabalhistas geram riscos financeiros diretos, como pagamento de indenizações, multas administrativas e honorários advocatícios. Contudo, indiretamente, podem afetar a reputação da empresa, prejudicar relações comerciais e reduzir a confiança de investidores e parceiros. O registro frequente de ações trabalhistas pode sinalizar deficiências estruturais na gestão de pessoas e nos programas de compliance, elevando a probabilidade de inspeções e penalidades por parte dos órgãos fiscalizadores.

Logo, os riscos de processos trabalhistas não se limitam à relação direta entre empregado e empregador, pois envolvem toda a cadeia de interação da empresa com parceiros, fornecedores, prestadores de serviços e terceiros impactados pelas operações. A prevenção desses riscos exige políticas claras de contratação, auditoria de fornecedores, monitoramento de compliance trabalhista, dentre outras políticas internas.

A implementação de inteligência artificial pode potencializar essas práticas, identificando padrões de risco, analisando contratos e monitorando indicadores em tempo real, reduzindo a probabilidade de ações judiciais, mas por outro lado, pode identificar também a existência de ações trabalhistas.

Por exemplo, empresas que terceirizam serviços sem auditar adequadamente a cadeia de fornecedores podem ser responsabilizadas solidariamente caso haja constatação de exploração ou condições degradantes de trabalho nos locais contratados. A responsabilidade solidária é prevista na legislação brasileira e permite que a empresa contratante seja acionada judicialmente, mesmo sem ter relação direta com o trabalhador explorado. Logo, os desdobramentos negativos da má gestão das relações trabalhistas é infindável e imprevisível. Por isso, manualmente é praticamente impossível ter uma visão ampla suficiente para mitigar riscos nesta esfera.

Afinal, como usar a inteligência artificial para avaliação de riscos trabalhistas?  

A prevenção dos riscos trabalhistas exige políticas de compliance rigorosas, auditorias periódicas em fornecedores e parceiros e utilização de ferramentas tecnológicas aptas a mapear esses riscos com precisão e agilidade. O uso de inteligência artificial tem inúmeras aplicações na esfera trabalhista, e pode ser usada na identificação de diversos tipos de riscos, desde reputacionais até os passivos trabalhistas propriamente ditos.

Outro ponto de destaque é a capacidade da IA de monitorar cadeias de fornecimento e terceirização. A tecnologia pode rastrear informações de parceiros e prestadores de serviços, sinalizando riscos de descumprimento trabalhista, como indícios de vínculos empregatícios disfarçados de contratos de prestação de serviços ou até situações relacionadas ao trabalho análogo à escravidão. Dessa forma, a empresa não apenas protege sua operação, mas também fortalece sua governança e responsabilidade social, minimizando a chance de responsabilização solidária e preservando sua reputação no mercado.

A inteligência artificial está apta a mapear riscos trabalhistas nas relações com stakeholders. O cruzamento automatizado de dados de processos judiciais, registros administrativos e histórico de autuações permite, por exemplo, identificar fornecedores com passivos recorrentes ou condutas que possam resultar em responsabilização solidária. A análise preventiva também protege a organização de associações comerciais com alto potencial de litígio.

Conclusão

A adoção da inteligência artificial na avaliação de riscos trabalhistas preserva a reputação da empresa, protege relações de trabalho em toda a cadeia produtiva e sustenta um modelo de negócio mais seguro e duradouro. Ao aliar tecnologia e gestão responsável, as organizações transformam riscos em oportunidades de fortalecer sua atuação no mercado. A Kronoos tem a ferramenta certa para análise de riscos trabalhistas completa. Fale com um de nossos especialistas e saiba mais!

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