Sistema de detecção de fraudes empresariais
9 de dez. de 2025

A sofisticação das fraudes empresariais evoluiu na mesma velocidade da digitalização dos negócios, por isso, atualmente contar com um sistema de detecção de fraudes empresariais é imprescindível.
Com processos financeiros automatizados, cadeias complexas de fornecedores, operações multicanais e grandes volumes de dados ampliaram a superfície de risco e reduziram a eficácia de controles manuais ou meramente formais.
Relatórios recentes de entidades internacionais de auditoria e risco apontam que as perdas globais por fraude corporativa representam, em média, cerca de 5% da receita anual das organizações, com impactos que vão além do financeiro, atingindo governança, continuidade operacional e valor de mercado.
A tendência de fraudes e tentativas foram elevadas no Brasil entre janeiro e junho de 2025, o Brasil registrou mais de 6,4 milhões de tentativas de fraude, o que representa uma média de uma tentativa a cada 2,4 segundos e um potencial de prejuízo de quase R$ 40 bilhões caso essas tentativas fossem efetivadas. A projeção foi divulgada pelo Fraudômetro da Serasa Experian.
Nesse cenário, o sistema de detecção de fraudes empresariais é imprescindível para a gestão de risco, com a função de identificar desvios antes o dano, analisar padrões comportamentais, inconsistências informacionais e vínculos ocultos continuamente, permitindo antecipar transações irregulares que, isoladamente, pareceriam legítimas.
Com o uso da tecnologia adequada e uso de um sistema de detecção de fraudes empresariais a detecção deixa de ser episódica e passa a integrar a lógica decisória da empresa, sustentando escolhas mais seguras em contratos, transações, relacionamentos comerciais e processos internos.
O que é fraude empresarial?
A fraude empresarial é a prática deliberada de criar, manter ou explorar uma distorção relevante da realidade econômica, operacional ou informacional de uma organização para obter vantagem indevida, envolvendo recursos financeiros, preservação artificial de resultados, acesso a crédito, manutenção de valor de mercado ou proteção de interesses individuais de executivos e terceiros.
O elemento central é a intenção consciente de enganar, combinada com mecanismos estruturados de ocultação, o que diferencia a fraude de erro, má gestão ou divergência interpretativa de normas.
Sob uma ótica atual, a fraude empresarial se materializa sobretudo pela manipulação de informações sensíveis à tomada de decisão, como dados contábeis, fluxos financeiros, contratos, registros operacionais, cadastros de clientes ou métricas de desempenho.
O avanço tecnológico e a complexidade dos modelos de negócio ampliaram o espaço para fraudes sofisticadas, muitas vezes difíceis de identificar sem cruzamento automatizado de dados, validação independente e controles internos efetivos.
As fraudes empresariais mais comuns são:
· Fraude contábil: manipulação de receitas, despesas, provisões ou endividamento;
· Fraude financeira: relacionada a desvios, uso indevido de instrumentos de crédito ou simulação de operações;
· Fraude contratual: baseada em contratos fictícios ou direcionados;
· Fraude informacional, que envolve omissão ou distorção de dados relevantes;
· Fraude operacional, quando processos internos são ajustados para permitir perdas recorrentes sem detecção.
Logo, em todos esses cenários, o padrão se repete: concentração excessiva de poder decisório, baixa transparência, controles desenhados apenas para cumprir formalidades e ausência de validação independente.
A fraude empresarial tende a se desenvolver como um sistema, sustentado por rotinas aparentemente legítimas e por uma cultura organizacional que tolera zonas cinzentas entre o permitido e o conveniente.
Por isso, a fraude empresarial deve ser compreendida como um risco estrutural, diretamente ligado à forma como a empresa organiza seus processos, distribui responsabilidades e produz informações. Onde a verificação é frágil e a confiança substitui o controle, o espaço para a fraude deixa de ser eventual e passa a ser previsível.
Como funciona o sistema antifraude?
O sistema antifraude ou sistema de detecção de fraudes empresariais, funciona como um conjunto integrado de processos, regras, tecnologias e análises voltado à identificação, prevenção e mitigação de condutas irregulares antes que elas se consolidem como perdas financeiras, passivos jurídicos ou danos reputacionais.
O sistema consolida informações internas e dados externos, como bases públicas, listas restritivas, registros judiciais, informações reputacionais e sinais de risco setorial. Esse cruzamento amplia a visibilidade sobre pessoas físicas, jurídicas e operações, reduzindo a dependência de análises isoladas ou subjetivas.
A partir disso, entram os mecanismos de análise. As regras pré-definidas permitem identificar padrões conhecidos de fraude, como movimentações incompatíveis com o perfil do usuário, recorrência atípica de transações, vínculos ocultos entre partes ou inconsistências cadastrais.
Paralelamente, os modelos analíticos mais avançados avaliam comportamentos fora do padrão esperado, detectando anomalias que não violam regras explícitas, mas indicam risco elevado.
Quando um desvio relevante é identificado, o sistema gera alertas priorizados por nível de risco para direcionar a análise humana de forma mais qualificada. Em vez de revisar grandes volumes de dados manualmente, equipes de compliance, auditoria ou risco passam a atuar sobre exceções relevantes, com contexto, histórico e evidências organizadas.
Além disso, um sistema antifraude eficaz mantém registros claros das análises realizadas, decisões tomadas e critérios utilizados. A capacidade de demonstrar diligência e método passa a ser tão relevante quanto evitar a fraude em si.
O sistema de detecção de fraudes empresariais também se integra a processos de Onboarding, Due Diligence, gestão de terceiros, dentre outras práticas. Assim, o risco passa a ser acompanhado ao longo de todo o relacionamento, refletindo mudanças comportamentais, reputacionais ou jurídicas ao longo do tempo.
Conclusão
A Kronoos atua como uma plataforma de inteligência antifraude e compliance orientada à análise de risco de forma automatizada. A solução cruza dados públicos, jurídicos, financeiros e reputacionais para identificar sinais relevantes de fraude, inconformidade e risco oculto em pessoas e empresas. As soluções Kronoos permitem que as organizações tomem decisões mais bem fundamentadas, reduzam exposição a fraudes sofisticadas e elevem o nível de controle sem depender de processos manuais ou fragmentados. Entre em contato com um dos nossos especialistas e saiba mais!


